O Gestor de Projetos e a Comunicação
Por: Maria de Fátima Abud Olivieri
Os avanços nas ciências humanas, trouxe novos elementos, enriquecendo cada vez mais um amplo repertório de formas com impacto nos conteúdos. A própria dinâmica da atividade social e das relações afetivas alterou-se com a chegada da internet, das amizades virtuais e das simulações cibernéticas. Dessa forma, é necessário saber interpretar este cenário e retirar daí as experiências que permitirão ao gestor, aplicar boa parte desses avanços nos seu ambiente de trabalho.
O gestor de projetos é um profissional que irá gerenciar um de terminado projeto, sendo ele responsável pela elaboração, desenvolvimento e entrega do mesmo, dentro de prazos e padrões estipulados. Para isso, terá que lidar com diferentes situações de comunicação, dependendo do público com que ele estiver trabalhando, para se fazer entender. Nestas situações, não se pode descuidar da importância da comunicação, devido ao impacto que ela transmite. Comunicar é interagir com o mundo e com os outros é dar e receber, é saber ser e estar.
Se um projetista tiver alguma dificuldade em comunicar-se com sua equipe, por mais que tente, não será capaz de desenvolver metade do seu trabalho. Ele deve ter bom relacionamento, ou seja, um comportamento que provoque a cooperação. Acima de tudo ele precisa gostar de trabalhar com gente.
Ao aceitar um projeto, o gestor deve saber exatamente a razão da realização do mesmo, para poder satisfazer o desejo, necessidades e expectativas do cliente. Utilizando a frase de que “seria interessante começar a contabilizar o impacto que temos na vida das pessoas, ao invés do dinheiro”. Ou seja: um gestor não deve apenas focar suas habilidades no que se refere ao projeto de uma forma perfeita, mas estar de acordo com a ideia do dono da organização e ainda saber ouvir, entender para poder fazer exatamente o que o cliente quer e não o que esse profissional acha melhor, respeitando sempre os valores e as normas em questão.
O diálogo é essencial durante cada fase do projeto, para poder entender o que realmente o cliente quer. Assim, é possível livrar-se de todas as barreiras da comunicação, mantendo uma certa empatia com o mesmo. Um projeto é administrado por pessoas e como tal a comunicação entre eles é primordial.
É no trabalho em equipe, que o gerente de projetos vai perceber, como cada colaborador seu vai reagir à pressão ou outro sentimento qualquer, para poder criar um ambiente saudável e produtivo. Assim, a comunicação é algo que se aprende e a partir daí se ensina. Administrar bem os seus técnicos, irá criar um padrão de relacionamento no trabalho, exercendo assim uma grande influência nos mesmos, fazendo com que cada um deles, tenha uma postura positiva em relação a organização a qual pertence.
Os gestores devem estar atentos àqueles que se fazem de espiões, ou seja, que remam em sentido contrário aos objetivos do projeto, para identificá-los e tomar uma atitude para que não haja comprometimento com a finalização dessa atividade.
Enfim, o gerente de projetos deve desenvolver estratégias que possam garantir a sua equipe, a aplicação das habilidades, competências, conhecimentos e experiências, para alcançar o sucesso do trabalho.
Porém, o segredo do sucesso, em última instância, irá depender da coragem, vontade, dedicação, disciplina, método, competência, profissionalismo, qualidade, criatividade, seriedade, honestidade, pontualidade, amizade e fé.
Nesse sentido, podemos dizer que: “As palavras são agentes na construção de todos os edifícios da vida” e para o gestor de projetos não seria diferente.
Artigo desenvolvido pelos alunos do curso de MBA em Gestão de Projetos – Disciplina de Comunicação Interpessoal e Aspectos Comportamentais (Luanda-Angola), em conjunto com a professora: Maria de Fátima Abud Olivieri, PhD. Novembro/2011.
Maria de Fátima Abud Olivieri – Relações Públicas; PhD. em Administração; Mestre em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Mackenzie e. Pós-graduação em MBA – Gestão em Marketing – ECA USP. Pós-Graduação em MBA – Gestão de Pessoas – Unibero. Trabalhou na CESP – Companhia Energética de São Paulo por 20 anos, atuando na área de Recursos Humanos. Atualmente é diretora da Competency do Brasil – Educação e Desenvolvimento Humano, Coordenadora de Seminários Internacionais e Professora em cursos de pós-graduação e graduação em Instituições de ensino superior, Co-autora em livros de Gestão de Pessoas , autora de vários artigos publicados.