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A Educação Pede Passagem


Por: Maria de Fátima Abud Olivieri

Quem vive os problemas da educação nos dias atuais, sabe que há necessidade urgente de uma reforma , com a finalidade de promover a motivação dos alunos e professores, principalmente no ensino fundamental e médio, para incentivar os estudos, a cultura, a nossa língua portuguesa, enfim, dar conteúdo para a formação de cidadania, com qualidade. Não basta só se preocupar com o aumento salarial dos professores, é preciso ter uma gestão de pessoas digna, para que os professores se mantenham motivados para o ofício de educar, que é uma tarefa a meu ver sagrada e para poucos, atualmente. Quem é que vai trabalhar feliz, sem saber como olhar o seu futuro dentro da instituição de ensino?

Salvo os professores concursados, os demais estão trabalhando sempre em estado de alerta. A cada semestre, não se sabe o que vai acontecer. O salário que recebia no semestre anterior, pode ainda ser menor, por que número de aulas pode diminuir. Sem falar no caso das fusões, onde sempre ocorrem algumas demissões. Existe algum critério para essa tomada de decisão? E quando são oferecidas vagas? Que vergonha! Aparecem aquelas regras que nunca existiram, como: “O salário inicial fica em torno de R$20,00 a hora aula, independente da sua titulação: especialista, mestre ou doutor”. “ Hoje, Já está faltando professores de Física, amanhã, quem sabe de outras áreas também.

Você gastou com pós-graduação, o que é uma exigência para o professor hoje, porém, os honorários dos mesmos, são os mais ridículos já vistos até o momento, O pior, é que essa prática vem aumentando no meio acadêmico. Para se ter um salário compatível com o que já foi praticado no mercado, o professor via de regra, para sobreviver hoje, é obrigado a lecionar, as vezes em até três períodos, se desgastando demais e correndo riscos.

Nos dias de hoje, a instabilidade é encontrada não só nas instituições de ensino públicas, mas também nas particulares. Muitas delas regidas por fundo de investimentos, bancos e outros segmentos, que desconhecem o significado de educação. O que se vê muito é que as escolas estão se transformando em empresas, mas sem preparo para isso. Não podemos esquecer que a função principal das escolas é a educação, ou seja, a formação de indivíduos para a sociedade. E que sociedade poderá ser dessa forma?

Mas aí vem o outro lado. Será que os alunos estão colaborando com o ambiente para os professores poderem cumprir com suas obrigações durante as aulas? Será que os professores estão encontrando apoio da direção das instituições de ensino, para dar andamento as suas atividades?

Precisamos parar e pensar um pouco, pois o que está acontecendo agora, já está refletindo em outros setores, como por exemplo, no ensino superior. Sou professora universitária e de pós-graduação, converso muito com os colegas e alunos e percebo que o mais grave dos acontecimentos nesse setor, é a deficiência quanto a língua portuguesa. Isso tem que ser um trabalho de base, que apresentando deficiências, é o próprio aluno que vai ter que correr atrás do prejuízo. Mas aí vem a pergunta? Quem é o diferente? Aquele que fala e escreve corretamente ou aqueles que fizeram um descaso nesse sentido? O problema é que estes últimos estão se tornando a maioria.

E na hora de escrever um trabalho de final de curso, ou um artigo? Como fazer? É na maioria dos casos, um sofrimento. Os alunos recorrem à internet e querem fazer os trabalhos da forma mais fácil possível, sem conteúdo, regras de gramática, entre outras coisas. Esse é o quadro real de grande parte dos nossos futuros profissionais no mercado.

Não se pode de forma alguma, deixar que isso continue, pois depõe contra o nosso país. É preciso mudar! Promover mudanças, não é uma coisa tão simples. Mas é preciso ter vontade, força e coragem para que se inicie uma nova esperança.

Maria de Fátima Abud Olivieri – Relações Públicas; PhD. em Administração; Mestre em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Mackenzie e. Pós-graduação em MBA – Gestão em Marketing – ECA USP. Pós-Graduação em MBA – Gestão de Pessoas – Unibero. Trabalhou na CESP – Companhia Energética de São Paulo por 20 anos, atuando na área de Recursos Humanos. Atualmente é diretora da Competency do Brasil – Educação e Desenvolvimento Humano, Coordenadora de Seminários Internacionais e Professora em cursos de pós-graduação e graduação em Instituições de ensino superior, Co-autora em livros de Gestão de Pessoas , autora de vários artigos publicados.

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Sobre

33 anos de expertise em seminários e fóruns internacionais, atua em diversos países: Estados Unidos,  Portugal, Inglaterra, Argentina, Chile, Angola, entre outros. Mais de 42.2  mil alunos e profissionais já participaram dos seus eventos.

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